Detalhes práticos
Nenhuma das esferas de conhecimento humano (religião e psicologia incluídas) conseguiu produzir até hoje um compêndio exaustivo das leis universais sobre o 'certo' e o 'errado'. Somos simplesmente mais complexos do que isso. E a nossa complexidade é ao mesmo tempo pedra basilar da riqueza humana e da nossa Singularidade e fonte de um número sem fim de problemas. A forma como compreendemos o mundo e as pessoas que nos rodeiam pode ser tão diferente da compreensão dos Outros, que inevitavelmente surgem desentendimentos e mágoas. Quando a forma como uma pessoa agiu deixou alguém a sentir-se desconfortável ou magoado, mas a pessoa não pediu desculpa, várias situações podem ter acontecido. A pessoa que agiu pode não ter conseguido reconhecer o desconforto ou mal-estar do outro perante essa acção, ou porque não esperaria uma reacção adversa à sua acção, ou porque a pessoa magoada não o expressou com clareza. Ou porque tem difculdade em lidar com emoções negativas e reconhece-las nos outros. A pessoa que agiu dessa forma pode ter percebido que o outro fcou magoado, mas considerar que a sua acção foi completamente legítima, e/ou ter juízos sobre a reacção da outra pessoa e achar que foi exagerada, despropositada ou injusta. A pessoa que agiu pode sentir que não é possível evitar que essa acção ocorra novamente ou pode ter simplesmente dificuldade em pedir desculpa por vários motivos possíveis enraizados na sua história pessoal. Perante a inevitabilidade de mapas-mundo e singularidades diferentes, a discussão sobre o que é certo ou errado pode não ser muito relevante para a construção da harmonia nas nossas relações pessoais. Nas situações em que alguém se sente magoado, quer ambas as partes concordem que existiu um erro quer não, parece mais importante o exercício da empatia – a atitude de tentar compreender o outro a partir do seu mapa-mundo. A tentativa de identifcar quais as necessidades de ambas as partes que estão a pedir atenção nessa situação parece ser mais eficaz no re-estabelecer da harmonia e confança, mais do que o esforço para identifcar culpas. E quanto tempo e energia dispendemos nós nestes desentendimentos e mágoas, desviando-nos do nosso Caminho de Singularidade? Não temos o poder de fazer com que alguém que nos magoou nos ofereça o pedido de desculpas que achamos que merecemos, mas temos o poder de não nos agarrarmos ao ressentimento e temos o poder de pedir desculpas às pessoas que magoámos. Susan Alter* sintetiza vários autores para propor as componentes essenciais de um pedido de desculpas signifcativo, deixo-vos as dicas para um pedido de desculpas eficaz:
Mais sobre 'pedir desculpas' está disponível no artigo da Notícias Magazine, descobre o resto clicando aqui. Que nenhuma desculpa por dizer atrapalhe o teu Caminho de Singularidade, Tua Coach, Mina * Alter, Susan. Apologising for Serious Wrongdoing: Social, Psychological and Legal Considerations. 1999 |
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